Beyoncé é processada por usar voz de um cantor morto
Este é daqueles casos que prometem dar que falar. Beyoncé está a ser alvo de um processo.
Beyoncé usou a voz (sem autorização) de um youtuber – Messy Mya.
Os herdeiros de Messy Mya exigem uma elevada indeminização por parte de Beyoncé .
O cantor de raça negra era homossexual e oriundo de Nova Orleães, onde foi morto em 2010.
Segundo o site de entretenimento TMZ, a artista terá usado a voz de Mya em ‘Formation’, canção pertencente ao seu último disco, ‘Lemonade’.
Ora, quem não apreciou esta ação foram os filhos do youtuber que já recorreram à justiça para resolver o caso.
Neste momento está a ser exigida uma indemnização no valor de 20 milhões de dólares (18,6 milhões de euros, aproximadamente) pelos direitos de autor e outros danos gerados por Beyoncé.
A publicação adianta que a voz de Anthony Barré – nome verdadeiro do youtuber – surge em três partes do videoclipe ‘Formation’.
Com frases como “what happened at New Orleans?” (“o que aconteceu em Nova Orleães?”) e ‘Bitch, I’m back by popular demand’ (“Cabra, estou de volta pela revolta popular”).
Mais à frente também se ouve ‘Oh, yeah, I like that’ (“Oh, yeah, eu gosto disso”).
De sublinhar que este êxito da ‘queen B’ aborda a violência policial contra negros e o racismo na cultura americana.
Com a irmã de Mya à frente, o grupo que defende os direitos do rapper está processando Beyoncé por royalties. A Sony Music e as empresas de Jay Z, marido da estrela, também são citadas no processo. Está sendo pleiteado, ainda, o crédito apropriado “como escritor, compositor, produtor e intérprete” para Messy Mya, que atraiu uma promissora lista de seguidores do YouTube e era a voz de uma New Orleans muito violenta.
Ao ouvir ambos os vídeos – “Booking” e “Formation” – é possível identificar a voz de Mya no início da segunda música, e será muito difícil para Beyoncé negar isso no tribunal. A cantora pode enfrentar grandes dificuldades se o juiz determinar que as letras e a voz do rapper foram usadas sem permissão. Caso isso aconteça, os advogados de Beyoncé podem tentar um acordo que inclua remuneração e créditos apropriados. A diva do pop pode até ter tentado fazer uma homenagem a Mya, mas seus beneficiários pensam de outro modo.
Como a cantora está sampleando a voz de Mya, ela pode apelar para “uso aceitável” (fair use, em inglês), alegando que a música contempla uma “declaração política”. O vídeo de “Formation” começa com imagens de carros imersos na água, evocando o Furacão Katrina e outros importantes acontecimentos ocorridos no Sul. A seção 107 da Lei de Direitos Autorais determina quando algo é considerado “uso aceitável” e identifica certos tipos de empregos, como criticismo, comentários, novas reportagens, ensinamentos, bolsas de estudo e pesquisas, como exemplos de atividades que podem ser qualificadas nessa categoria. Beyoncé está arrecadando uma enorme quantia de dinheiro com a música, que foi nomeada ao Grammy, então, mesmo que o vídeo tenha conotações políticas, o juiz pode ficar do lado do espólio de Mya se o caso avançar até este nível.
É bom lembrar que Jay-Z venceu um processo relacionado a direitos autorais (o sampling em “Big Pimpin”) que se estendeu por oito anos. Talvez ele tenha encorajado sua parceira a correr o risco.
É de realçar que o anuncio da segunda gravidez da artista bateu record no Instagram
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